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quinta-feira, junho 08, 2006

Pinacoteca di Brera - Milão


A Pinacoteca di Brera se enconta na Via Brera, 28, em Milão, Itália; Galeria de Arte Antiga e Arte Moderna, ostentando em seu acervo, obras de Giovanni Bellini, Umberto Boccioni, Sandro Botticelli, Agnolo Bronzino, Caravaggio, Carlo Carrà, Piero della Francesca, Leonardo da Vinci, Andrea Mantegna, Francesco Menzocchi, Amedeo Modigliani, Marco Palmezzano, Raffaello, Pieter Paul Rubens, Tintoretto, etc.

A Sede


A Pinacoteca é localizada no centro de um fantástico palácio barroco em Brera, Milão, que também acomoda outras instituições: a Biblioteca Nacional Braidense, o Observatório de Brera, o Jardim Botânico, o Instituto Lombardo de Ciências e Letras e a Academia de Belas Artes. O edifício foi construído na antiga e não cultivada terra “braida” (palavra que na baixa latinidade tinha o significado de um campo suburbano), de onde vem o nome Brera, tanto do palácio quanto do bairro. O palácio se abre para um pátio cercado por elegantes pórticos, e no centro está situado o Monumento a Napoleão Bonaparte projetado por Antonio Canova.

Ele se ergue sobre um antigo convento da ordem dos Humilhados, uma das mais poderosas associações religiosas de Milão.


História

A Academia de Belas Artes foi fundada em 1776 quando a Imperatriz Maria Teresa da Áustria decidiu estabelecer uma galeria de gesso, e de uma coleção de entalhes e desenhos.

Dois anos depois, o Abade Carlo Bianconi foi eleito como secretário da Academia. Adquiriu vários desenhos, em boa parte, desenhos da Bolonha do século VI, embora não tivessem significado algum. Em 1779 adquiriu quatro telas de Giuseppe Bottani, Pompeo Batoni e Pierre Subleyras, provenientes da Igreja São Cosme e Damião de Milão.

Em 1801 um novo secretário foi eleito, Giuseppe Bossi, que se empenhou em enriquecer a pinacoteca com novas reproduções em gesso e a partir de 1806 organizou mostras de arte abertas ao público.

No período napoleônico, um grande número de monastérios tiveram seus bens requisitados, e três forneceram um numeroso acervo de obras de artes. As melhores foram enviadas a Paris, enquanto as outras, por determinação de Napoleão, deveriam formar um museu em cada cidade. E assim surgiu a Grande Galeria de Veneza, Bolonha e Milão. A Galeria de Milão teve a tarefa de compilar um compêndio da produção artística Italiana. Quando Andrea Appiani foi nomeado Comissário das Belas Artes em 1805, começou a fluir para Brera, pertígo e afrescos. Em 1806, foram adquiridos obras do Vice-Rei Eugenio Beauharnais.

Como os demais museus, a Pinacoteca começou a enfrentar um problema: falta de espaço para expor as obras de arte. Assim, em 1808, foi determinado o sacrifício da Igreja de Santa Maria, subdividida em dois planos na altura na nave para a criação do Salão Napoleônico. Em 20 de abril de 1810, foi inaugurada a Real Pinacoteca Nacional do Reino Itálico. No ano seguinte, continuou o fluxo de obras de arte, especialmente nos anos de 1811 e 1812. Em 1813, chegou do Museu de Paris, trabalhos de Rembrandt, Van Rijn, Rubens e Van Dyck.

No final do regime Napoleônico em 1814, a Conferência de Viena sancionou a restituição dos bens a seus proprietários originais. Felizmente, tal dispositivo teve efeitos limitados para a Pinacoteca. Ao contrário do esperado, continuou a receber doações até que, em 1182, a Pinacoteca di Brera foi desligada da Academia. A divisão das duas instituições teve efeitos desastrosos para a coleção que foi parcialmente dispersada por outros museus e prédios públicos.

Em 1926 foi criada a Associação dos Amigos de Brera, e graças a essa Associação foram adquiridas várias obras, entre as quais, a “Ceia em Emaús”.

Os anos 70 foram caracterizados pela carência de espaço, agilidade insuficiente, problemas de segurança e furtos.
Tanto que, em 1974, foi decidido o fechamento por parte do Superintendente Franco Russoli. No ano seguinte a coleção cresceu graças a heranças.

Hoje, Brera oferece uma completa visão da História Pictórica da Lombardia, aberta à visitação.